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sábado, 1 de maio de 2010

Crônica: prova

Soava frio, entrou na sala com um ar de curioso; onde estaria a professora e a prova que havia prometido na semana passada? Sentou no primeiro lugar que viu, o burburinho de conversa tomou conta da sala, o assunto claro não poderia ser outro: a temida prova da Professora Laura, em exceção, duas garotas conversavam sobre meninos, mas de uma forma geral, todos tinham medo desta prova.
Laura entra na sala, e todos se calam, mulher calma, de mais ou menos trinta anos, diz
- Bom dia
- Bom dia, Professora Laura, respondeu algumas vozes assustadas
Começou a organizar os papéis empilhados, e os entregou mesa a mesa, a conversa havia diminuído, porém não havia terminado, pois, alguns desesperados ainda buscavam tirar as dúvidas.
O silencio se deu total, quando brava a professora pediu silencio

E Começa a prova, como em uma Copa do mundo sem torcida, ali era a decisão da vida, passar ou não de ano, eis a questão, nem mesmo Shakespeare conseguiria escrever tal drama, o suor frio ainda corria pela testa, e a caneta balançava em sua mão, enquanto vazia a leitura, que depois de terminada, viria de uma escolha, mas, que escolha tomar? Entre A e D existem dúvidas, talvez seja B, ou C, mas a questão A parece estar tão certa, não sabe, e agora? Pular? Ler novamente, ou como na Copa do Mundo vazia, chutar? O difícil seria o arrependimento após colocar a caneta azul no papel e marcar a resposta para toda a vida, toma uma decisão, espera ser a mais sensata a se tomar.

Estava em beligerante com o próprio corpo, que já o tomava a força, demonstrando fome, sede, e sono, tudo psicológico já que havia tomado café da manhã, tomado água antes de entrar na sala e na noite passada, dormiu cedo, e como um anjo.
O tempo termina e a prova também, o sufoco da primeira questão espalhou-se nas outras e demorou a tomar a correta decisão, oras, mas quem disse que as decisões tomadas foram mesmas as corretas? Não se sabe, e só saberá quando o resultado da prova sair, o que lhe resta e agradecer por ter sobrevivido a tamanha tortura imposta por aquela terrível prova. 
Felipe Rigaso


Fonte: http://www.gostodeler.com.br/materia/12481/a_prova.html

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