
Empoleirado em um alto galho de árvore, o galo estava de sentinela, vigiando o campo

para ver se não havia perigo para as galinhas e os pintinhos que ciscavam o

solo à procura de minhocas.

A raposa, que passava por ali, logo os viu e imaginou o maravilhoso almoço que teria se comesse um deles.

uando viu o galo de vigia, a raposa logo inventou uma historinha para enganá-lo.
- Amigo galo, pode ficar sossegado. Não precisa cantar para avisar às galinhas e os pintinhos que estou chegando. Eu vim em paz.

galo, desconfiado, perguntou:

- O que aconteceu?
As raposas sempre


foram nossas inimigas. Nossos amigos são os patos, os coelhos e os cachorros.
Que é isso agora?
Mas a espertalhona continuou:
- Caro amigo, esse tempo já passou!

odos os bichos fizeram as pazes e estão convivendo em harmonia. Não somos mais inimigos. Para provar o que digo, desça daí para que eu possa lhe dar um grande abraço!

O que a raposa queria, na verdade, era impedir que o galo voasse para longe. Se ele descesse até onde ela estava, seria fácil dar-lhe um bote.

as o galo não era bobo.

Desconfiado das intenções da raposa, ele lhe perguntou:
- Você tem certeza de que os bichos são todos amigos agora? Isso quer dizer que você não tem mais medo dos cães de caça?
- Claro que não! - confirmou a raposa.
Então o galo disse:


- Ainda bem! Porque, daqui de cima estou avistando um bando que vem correndo para cá.

as, como você disse, não há perigo, não é mesmo?
- O que?! - gritou a raposa, apavorada.

- São os seus amigos! Não precisa fugir, cara raposa.

s cães estão vindo para lhe dar um grande abraço, como esse que você quer me dar.
Mas a raposa, tremendo de medo, fugiu em disparada, antes que os cães chegassem.
"Muitas vezes, quem quer enganar acaba sendo enganado. "
Fábula de Jean de La Fontaine
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